29.4.11

Poema


Palmeira Do Deserto – poema de Antônio Abujamra, pai de André


Para definir uma grandeza infinita, eu ponho um oito na horizontal e divido por um.
Para definir o infinitamente pequeno, eu ponho o um e divido pelo mesmo oito na horizontal. Nada mostra o que queremos expressar. 
A grandeza infinita é o cosmos, e o infinitamente pequeno é a partícula do átomo. 
Eu posso definir o infinito sem entendê-lo. 
Quando não entendo o que defino, eu me aproximo do que chamam poesia.
E então, a poesia se revela muito mais próxima da vida do que parece.

O Bobo da Côrte

O bobo da corte é importante, assim como o palhaço. Ele denuncia, expõe e escancara criticamente um costume, prática ou situação. É um filósofo e não quer fama, afinal é um bobo, um palhaço...

15.12.09

RUMO


Minha Cabeça

Rumo

Composição: Luiz Tatit e Zé Carlos Ribeiro
Quer saber porque que eu estou cansado?
Cada vez que eu começo a pensar
Me vem tudo de vez
E eu não penso mais nada
Qeur saber como é que eu penso?
Quer saber porque que eu estou cansado?
Cada vez que eu começo a pensar
Me vem tudo de vez
E eu não penso mais nada
Eu vou pensar um assunto, certo?
Um assunto que eu escolho, é claro
Então eu faço força, força, força
E olha o que aocntece!
Não adianta ter cabeça
Ela pensa o que quer...
Pára, cabeça
Assim você me enlouquece
Não cansa você?
Minha cabeça me ajude
Pense tudo tudo com calma
Não se exalte
Nunca te vi tão possuída, nunca!
Você é danada, é mágica
Concentra, reflete
Inverte um pouco o raciocínio
Nem que dê no mesmo ponto
Enfim, você é livre
É livre mas não de mim

10 Questions to Ask Yourself Before Giving Up on Your Dream

10 Questions to Ask Yourself Before Giving Up on Your Dream

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30.11.09

The path

Precisamos evitar o sofrimento. A vida é curta.

Ignorância, imaturidade e egoísmo.

Buscar viver o presente, imbuídos de amor e boas intenções altruístas, generosidade sem visar ao reconhecimento, considerando que aqueles que nos magoam também têm vidas curtas e também desejam ser felizes, têm medos e precisam, como nós, serem respeitados e vistos.

Obrigado por ter feito com que eu olhasse para as agruras assim.

Vamos nos esforçar (por mais de dez mil horas, com afinco e visando ao caminho e não só ao objetivo).

Obrigado pelos reveses. Pelo meu não sucesso profissional e em esforços que ainda não foram recompensados. Estou mais forte, mais tolerante, mais resiliente, mais preparado. Obrigado.

É isso. Estou em mim mesmo. Estou aqui. Vivendo.

...

25.11.09

Meu resgate

(sem fotos ilustrativas para chamar a atenção - lê quem quiser e achar que vale o tempo dispendido)

Vou postar frases e textos que me inspiraram e emocionaram muito em uma das fases mais difíceis pelas quais passei (e depois ainda passei por piores, mas não sabia)..:


“Se quisermos compreender nossa missão, ao longo da vida, temos que
descobri-la aos poucos, através da prática, às vezes solitária, de nós mesmos.
Requer ousadia ouvir nossas necessidades, acolher nossas intuições e limites, não
deixar escapar a alegria do nosso próprio reconhecimento, no mundo e nas
relações.
Este percurso não é uma linha reta. Nossos mal-estares, doenças repetitivas,
costumam ser expressões de uma alma desalojada, sem regaço no corpo. Estamos
aí diante do anseio pela manifestação do ser, mas a experiência desta angustia
também nos embala na escolha de nossos caminhos. Moramos nesse paradoxo.
Precisamos dessa dor para nos constituir em nossa singularidade e, ao mesmo
tempo, queremos nos livrar dela. Mas é através desta angustia, como motor de
nossa busca, que a vida poderá ser vivida, não como uma condenação do oráculo,
mas como uma oferta a ser reverenciada em seu mistério. O destino se apresentará
como um sonho de futuro, na medida em que pudermos ser tocados pelo novo.
Aqui, a ignorância é adubo para uma humildade que nos estabelece. A fatalidade da
vida, assim, dá lugar ao advento da vida, a uma seqüência de inícios que impede o
medo congelante”.

Vera Lucia Marinho 











“(…) and in the end, the love you take is equals to the love you make (…)”

The Beatles 





POEMA EM LINHA RETA
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos (Fernando Pessoa) 

2.11.09

In a good mood...

Alegria, bom humor, boa vontade, gentileza, esperança ...


O dia a dia é chato, o cotidiano é monótono, o passar do tempo tem sofrimento, acontecimentos (ou falta deles) nada especiais, nada estimulantes a não ser a constatação do horror de que vimos percebendo ou desconfiando aos poucos e querendo não ver (preferimos a "Matrix" ao mundo real, que é feio..).


Mas (sempre há um mas,...), estou de bom humor, e num lampejo delicioso dopamínico de felicidade ! O dia está quente e azul, eu imagino uma casa bacana, uma árvore sólida e uma pessoa confiante (do meu sexo ou do sexo oposto também), farei palitinhos em um tempo coerente e distribuído, retos e com espaçamento regular, mantendo a mesma linha e cadência, porém errando e exaurindo como todos, na média medícre da mediana. Acerto 99% do teste de Q.I. (o que não é bom, pois foge da média), faço riscos sem olhar com as duas mãos e fico mais ou menos sobre as linhas, como a média, respondo a questionários, participo de entrevistas. Saio angustiado e exaurido (tudo bem, pois a média do pessoal também, - ufa!).

Meu descanso é ver sua risada e me surpreender com sua evolução, hábitos ganhos e outros perdidos. És um homem !


Estou lendo, sereno e tranqüilo, fit, com a sensação de tudo em dia. Feliz, como se sentiria a média da população que passou por tudo e sobreviveu. Em média, estou "in a good mood". Que bom que o núcleo da Terra está calmo. Medíocremente feliz !

17.2.09

Neuroses, Consumismo e Desapego (ser e aparentar)





Nosso medo da vida se espelha em nossa maneira de nos mantermos ocupados a fim de não sentirmos, de ficarmos na correria, não nos encararmos de frente, de nos alcoolizarmos ou drogarmos a fim de não sentirmos nosso ser.”
Alexander Lowen



Começo com esta citação. Venho lendo muito ultimamente como eu nunca li em minha vida. Além disso, sempre gostei de histórias de aventura, mistério e ficção científica, como viagens no tempo, espionagem, detetives, exploradores e personagens fascinantes como o Capitão Nemo, James Bond, Sherlock Holmes,Fausto, Kirk, Cole, Emília, Bentinho e outros fantásticos muitos. O ritmo, freqüência e gênero do que eu lia aumentou a um nível crítico, eu diria; me coloquei em frente, encarando os mestres que ousaram criticar nossa sociedade e o pensamento humano. Difícil isso, chato, pesado e efadonho; textos com linguagens pesadas e baseados em premissas que eu desconhecia e precisava ter contato e ler mais. Fiz isso e ainda faço.

O resultado mudou minha vida, me fez ver o que havia atrás de casinhas lindas e ideais, mulheres gostosas e voluptuosas, carros e motos chocantes, roupas modernas e lindas, músculos perfeitos, condutas exemplares, sucesso, poder, beleza, jovialidade, "ser cool" e possuir os gadgets mais bacanas.

Este caminho é doloroso; ainda mais quando você se depara com a necessidade de uma desconstrução de tudo o que foi levado a acreditar e valorizar.

Estive na Europa em julho de 2009 mais uma vez, graças a D'us. Pude observar muita coisa ruim, mas em relação a valores, notei que podía-se observar uma tendência forte ao respeito para o coletivo, leituras, bibliotecas, arte, história, mas de maneira desapegada: lêem-se livros com capas e páginas comuns, não luxuosas, baratos e que são abandonados nos metrôs, praças, mercados para outros usarem... Hoje vejo minhas estantes cheias deles: muitos nem li; os que li voltaram pra lá para pegar um pózinho, mofarem, serem corroídos e aguardarem o interesse de alguém do futuro .. que idéia extranha, mas difícil de imaginar eu me desfazendo deles (sem contar CDs, DVDs, fotos, camisetas, aparelhos de walkie-man, fitas cassete mofadas e ressecadas, revistas antigas, minhas coleçoes de tudo (gibis, chaveiros, angústias...).

Meus valores, o rumo que minha vida tomou, meus tropeços e como me sinto em relação à minha mediocridade, o que falta, aqueles que não estão comigo com mais freqüência, se foram, mudaram suas rotinas, os que vieram usurpar meu lugar.. Muita raiva, ciúme e inveja, derrota financeira, moral e profissional retro-alimentando-se sem parar. Estes valores, posso dizer que mudaram, inclusive (e para meu alívio), os que me ancoravam no fundo graças a pensamentos já pensados e emoções já vividas. Experiências de outros documentadas em leituras que venho fazendo. Venho praticando e testando, imprimindo a minha marca, fazendo ajustes e adaptações com o que me identifico abertamente, apropriações e evoluções tentando não ter reservas ou preconceitos quando estes de deparam com valores e paradigmas arraigados.

Rituais, práticas, experimentações, exercícios físicos, espiritualidade, conhecimento, aproximação das pessoas, olhar mais humano, estudo, trabalho, esforço mental, físico e emocional (muito mesmo), sacrifícios...

Fazia tempo que não escrevia nada. Acho que eu estava (e ainda estou fazendo downloads). Imprimindo pouco.. Foi bom! Está sendo.

Sugestão para hoje: Jean Baudrillard

15.11.08

Softies group



Eu fui convidado a participar de uma comemoração de aniversário de 40 anos de casamento! São pessoas boas, batalhadoras, sonhadoras e de paz. Compartilho a alegria deles.O interessante é que esta comemoração ia envolver uma espécie de excursão com caminhadas, trilhas, etc.

Após bastante tempo de planejamento por parte deles, recebi um email dizendo que os planos mudaram por causa que muitos convidados não iriam aguentar (imaginem os amigos de um casal casado há 40 anos !).

O engraçado é que estou me perguntando se eles teriam me incluído no grupo dos "softies"...?

Nunca vou saber, mas espero que não, pois acredito que seria um barato fazer estes trekings.

Achei este fato engraçado e mais ainda do que me fez pensar e é algo intrigante. Daria até uma daquelas crônicas ultimapáginavejinhescas.

Por isso postei este texto aqui (meio diferente do padrão desabafatório do DQ..., mas legal).

13.11.08

Ansioso pelo fim de semana


Quero me nutrir da energia divina que ele me traz.

Quero abraçar aquela criaturazinha, passear, brincar, alimentar, cuidar, dar todo o meu amor, para que ele fique armazenado neste mundo para quando eu já não mais estiver nele.

Saudades de te descobrir mais e mais, como um Colombo do seu dia a dia.

Agradecido por ter sido apresentado a alguém como você. Pessoa linda e profunda, alegre e com vida. É a minha reverência a você, tão pequenino, tão meu chefe, tão meu ídolo...

Saudades imensas, meu filho ...